CAESAR NON SUPRA GRAMMATICOS.
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CAESAR NON SUPRA GRAMMATICOS.
CAESAR NON SUPRA GRAMMATICOS. = O imperador não está acima dos gramáticos. (Isto é, não manda na gramática.)
Suetônio (De illustribus grammaticis, cap. 22) e Dion Cássio (História, 57,17) narram que o imperador Tibério usou, certa vez, uma palavra não latina,
e havendo Gaius Ateius Capito dito que, se não era palavra latina, de então em diante passaria a ser, Marcos Pompônio Marcello, purista intransigente,
replicou: “Tu enim Caesar civitatem dare potes hominibus, verbo non potes”.
Outra história refere-se ao imperador Sigismundo I, que, no Concílio de Constança de 1414, havendo usado como feminino o substantivo neutro “schisma”,
ordenou que dali em diante a palavra fosse feminina.
O fato teria acontecido da seguinte maneira: o imperador Sigismundo, dirigindo-se aos padres ali reunidos, disse:
“Date operam ut illa nefanda schisma eradicetur” (referindo-se ao cisma da Boêmia), e o Legado papal, Cardeal Branda Castiglione,
chamado “o Piacentino”, que estava sentado ao lado do imperador e era muito amigo dele, humildemente cochichou ao seu ouvido:
“Domine, schisma est generis neutrius”, não feminino, como havia dito o imperador. O imperador, então, respondeu com petulância:
“Ego sum Rex Romanus et super Grammaticam!”
A mesma narrativa se encontra na Germania, do teólogo Giacomo Wimpheling (Argent., 1505, fol. XXX):
“Is etiam Sigismundus, quod praeterire nolo, in concilio Constantiensi reprehensus a cardinale Placentino,
quod contra grammaticorum prescripta verba quedam pronuntiasset, non minus scite quam festiviter ait: Placentine,
si supra leges sumus, quare supra grammaticam esse non possumus? Placentine! Placentine! Quibus places, placeas; mihi non places”.
FONTES:
"Chi l'ha detto?" - Giuseppe Fumagalli.
"Não perca o seu latim", Paulo Rónai.
"Phrases e Curiosidades Latinas", Arthur Rezende.
Suetônio (De illustribus grammaticis, cap. 22) e Dion Cássio (História, 57,17) narram que o imperador Tibério usou, certa vez, uma palavra não latina,
e havendo Gaius Ateius Capito dito que, se não era palavra latina, de então em diante passaria a ser, Marcos Pompônio Marcello, purista intransigente,
replicou: “Tu enim Caesar civitatem dare potes hominibus, verbo non potes”.
Outra história refere-se ao imperador Sigismundo I, que, no Concílio de Constança de 1414, havendo usado como feminino o substantivo neutro “schisma”,
ordenou que dali em diante a palavra fosse feminina.
O fato teria acontecido da seguinte maneira: o imperador Sigismundo, dirigindo-se aos padres ali reunidos, disse:
“Date operam ut illa nefanda schisma eradicetur” (referindo-se ao cisma da Boêmia), e o Legado papal, Cardeal Branda Castiglione,
chamado “o Piacentino”, que estava sentado ao lado do imperador e era muito amigo dele, humildemente cochichou ao seu ouvido:
“Domine, schisma est generis neutrius”, não feminino, como havia dito o imperador. O imperador, então, respondeu com petulância:
“Ego sum Rex Romanus et super Grammaticam!”
A mesma narrativa se encontra na Germania, do teólogo Giacomo Wimpheling (Argent., 1505, fol. XXX):
“Is etiam Sigismundus, quod praeterire nolo, in concilio Constantiensi reprehensus a cardinale Placentino,
quod contra grammaticorum prescripta verba quedam pronuntiasset, non minus scite quam festiviter ait: Placentine,
si supra leges sumus, quare supra grammaticam esse non possumus? Placentine! Placentine! Quibus places, placeas; mihi non places”.
FONTES:
"Chi l'ha detto?" - Giuseppe Fumagalli.
"Não perca o seu latim", Paulo Rónai.
"Phrases e Curiosidades Latinas", Arthur Rezende.
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